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Art. 2 – Se os recém-nascidos seriam, no estado de inocência, confirmados na justiça.
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Art. 1 – Se os homens nasceriam com a justiça.
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Art. 3 – Se os homens no estado de inocência eram todos iguais.
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Art. 4 – Se o homem, no estado primitivo, podia enganar-se.
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Art. 3 – Se o primeiro homem tinha ciência de todas as coisas.
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Art. 2 – Se Adão, no estado de inocência, via os anjos em essência.
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Art. 1 – Se o primeiro homem via a Deus em essência.
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Art. 3 — Se os astros do céu são animados.
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Santo Tomás de Aquino
Ia parte
Sobre a doutrina sagrada
Questão 1: Do que é e do que abrange a doutrina sagrada
Art. 1 — Se, além das ciências filosóficas, é necessária outra doutrina.
Art. 2 — Se a doutrina sagrada é ciência.
Art. 3 — Se a doutrina sagrada é uma só ciência.
Art. 4 — Se a doutrina sagrada é ciência prática.
Art. 5 — Se a doutrina sagrada é mais digna que as outras ciências.
Art. 6 — Se esta doutrina é sabedoria.
Art. 7 — Se Deus é o objeto desta ciência.
Art. 8 — Se esta doutrina é argumentativa.
Art. 9 — Se a doutrina sagrada deve usar de metáforas.
Art. 10 — Se na Sagrada Escritura uma mesma letra tem vários sentidos: o histórico ou literal, o alegório, o tropológico ou moral e o anagógico.
Tratado De Deo Uno
Questão 2: Deus existe?
Art. 1 — Se a existência de Deus é por si mesma conhecida.
Art. 2 — Se é demonstrável a existência de Deus.
Art. 3 — Se Deus Existe.
Questão 3: Da simplicidade de Deus
Art. 1 — Se Deus é corpo
Art. 2 — Se em Deus há composição de matéria e forma.
Art. 3 — Se Deus é idêntico à sua essência ou natureza.
Art. 4 — Se em Deus se identificam a essência e a existência.
Art. 5 — Se Deus pertence a algum gênero.
Art. 6 — Se em Deus há acidentes.
Art. 7 — Se Deus é absolutamente simples.
Art. 8 — Se Deus entra na composição dos outros seres.
Questão 4: Da perfeição de Deus
Art. 1 — Se Deus é perfeito.
Art. 2 — Se Deus encerra as perfeições de todos os seres.
Art. 3 — Se alguma criatura pode ser semelhante a Deus.
Questão 5: Do bem em geral
Art. 1 — Se o bem difere realmente do ser.
Art. 2 – Se o bem é logicamente anterior ao ser.
Art. 3 — Se todo o ser é bom.
Art. 4 — Se o bem tem, antes, a natureza da causa final do que as demais causas.
Art. 5 — Se a noção de bem implica o modo, a espécie e a ordem.
Art. 6 — Se o bem se divide adequadamente em honesto, útil e deleitável.
Questão 6: Da bondade de Deus.
Art 1. — Se ser bom convém a Deus.
Art. 2 — Se Deus é o sumo bem.
Art. 3 – Se é próprio de Deus ser bom por essência.
Art. 4 — Se todas as coisas são boas pela bondade divina.
Questão 7: Da infinidade de Deus.
Art. 1 — Se Deus é infinito.
Art. 2 — Se algum outro ser, que não Deus, pode ser infinito por essência.
Art. 3 — Se pode haver um infinito atual em grandeza.
Art. 4 — Se é possível existir atualmente uma infinita multidão de seres.
Questão 8: Da existência de Deus nas coisas.
Art. 1 — Se Deus está em todas as coisas.
Art. 2 — Se Deus está em toda parte.
Art. 3 — Se estão bem assinalados os modos por que Deus existe em todas as coisas, dizendo-se que existe por essência, poder e presença.
Art. 4 — Se estar em toda parte é próprio de Deus.
Questão 9: Da imutabilidade de Deus.
Art. 1 — Se Deus é absolutamente imutável.
Art. 2 — Se ser imutável é próprio de Deus.
Questão 10: Da eternidade de Deus.
Art. 1 — Se é boa a seguinte definição de eternidade: a posse total, simultânea e perfeita de uma vida interminável.
Art. 2 — Se Deus é eterno.
Art. 3 — Se ser eterno é próprio só de Deus.
Art. 4 — Se a eternidade difere do tempo.
Art. 5 — Se o evo difere do tempo.
Art. 6 — Se há só um evo.
Questão 11: Da unidade divina.
Art. 1 — Se a unidade acrescenta alguma coisa ao ser.
Art. 2 — Se unidade e multiplicidade se opõem.
Art. 3 — Se Deus é uno.
Art. 4 — Se Deus é soberanamente uno.
Questão 12: Como Deus é conhecido por nós.
Art. 1 — Se algum intelecto criado pode ver a Deus em essência.
Art. 2 — Se a essência de Deus é vista pelo intelecto criado mediante alguma imagem interior.
Art. 3 — Se a essência de Deus pode ser vista com os olhos do corpo.
Art. 4 — Se o intelecto criado pode, pelas suas potências naturais, ver a essência divina.
Art. 5. — Se o intelecto criado precisa, para ver a essência de Deus, de algum lume criado.
Art. 6 — Se os que vêem a essência de Deus, uns a vêem mais perfeitamente que outros.
Art. 7 — Se os que vêem a Deus em essência o compreendem.
Art. 8 — Se os que vêem a Deus em essência vêem tudo em Deus.
Art. 9 — Se os que vêem a divina essência nela vêem as coisas por meio de certas imagens.
Art. 10 — Se os que vêem a Deus em essência vêem simultaneamente tudo o que nele vêem.
Art. 11 — Se nesta vida podemos ver a Deus em essência.
Art. 12 — Se pela razão natural podemos conhecer a Deus nesta vida.
Art. 13 — Se pela graça alcançamos um conhecimento mais elevado de Deus, que pela razão natural.
Questão 13: Dos nomes divinos.
Art. 1 — Se algum nome convém a Deus.
Art. 2 — Se algum nome se predica de Deus substancialmente.
Art. 3 — Se algum nome se predica de Deus propriamente.
Art. 4 — Se os nomes predicados de Deus são sinônimos.
Art. 5 — Se é univocamente que os mesmos nomes se atribuem a Deus e às criaturas.
Art. 6 — Se os mesmos nomes se predicam primeiro das criaturas que de Deus.
Art. 7 — Se os nomes que implicam relação com as criaturas são atribuídos a Deus temporalmente.
Art. 8 — Se o nome de Deus é um nome de natureza.
Art. 9 — Se o nome de Deus é comunicável.
Art. 10 — Se o nome de Deus dele se predica univocamente, quanto à natureza, à participação e à opinião.
Art. 11 — Se a denominação — aquele que é — é por excelência o nome próprio de Deus.
Art. 12 — Se podemos formar sobre Deus proposições afirmativas.
Questão 14: Da ciência de Deus.
Art. 1 — Se em Deus há ciência.
Art. 2 — Se Deus se conhece a si mesmo.
Art. 3 — Se Deus se compreende a si mesmo.
Art. 4 — Se o inteligir de Deus é a sua própria substância.
Art. 5 — Se Deus conhece seres diferentes de si.
Art. 6 — Se Deus tem dos outros seres conhecimento próprio
Art. 7 — Se a ciência de Deus é discursiva.
Art. 8 — Se a ciência de Deus é causa das coisas.
Art. 9 — Se Deus tem ciência do não-ser.
Art. 10 — Se Deus conhece o mal.
Art. 11 — Se Deus conhece o singular.
Art. 12 — Se Deus pode conhecer infinitos seres.
Art. 13 — Se Deus tem ciência dos futuros contingentes.
Art. 14 — Se Deus conhece os enunciáveis.
Art. 15 — Se a ciência de Deus é variável.
Art. 16 — Se Deus tem ciência especulativa das coisas.
Questão 15: Das idéias.
Art. 1 — Se existem idéias.
Art. 2. — Se há muitas idéias.
Art. 3. — Se Deus tem idéias de tudo o que conhece.
Questão 16: Da Verdade
Art. 1 — Se a verdade existe somente no intelecto, ou, antes, nas coisas.
Art. 2 — Se a verdade existe somente no intelecto que compõe e divide.
Art. 3 — Se a verdade e o ser se convertem.
Art. 4 — Se o bem é racionalmente anterior à verdade.
Art. 5 — Se Deus é a verdade.
Art. 6 — Se há uma só verdade pela qual todas as coisas são verdadeiras.
Art. 7 — Se a verdade criada é eterna.
Art. 8 — Se a verdade é imutável.
Questão 17: Da falsidade
Art. 1 — Se há falsidade nas coisas.
Art. 2 — Se há falsidade nos sentidos.
Art. 3 — Se há falsidade no intelecto.
Art. 4 — Se o verdadeiro e o falso são contrários.
Questão 18: Da vida de Deus.
Art. 1 — Se todos os seres vivem.
Art. 2 — Se a vida é uma operação.
Art. 3 — Se a Deus convém a vida.
Art. 4 — Se todas as coisas são vida em Deus.
Questão 19: Da vontade de Deus.
Art. 1 — Se Deus tem vontade.
Art. 2 — Se Deus quer coisas diversas de si.
Art. 3 — Se Deus quer necessariamente tudo o que quer.
Art. 4 — Se a vontade de Deus é a causa das coisas.
Art. 5 — Se se pode determinar alguma causa à vontade divina.
Art. 6 — Se a vontade de Deus sempre se cumpre.
Art. 7 — Se a vontade de Deus é mutável.
Art. 8 — Se a vontade de Deus impõe necessidade às coisas queridas.
Art. 9 — Se Deus quer o mal.
Art. 10 — Se Deus tem livre arbítrio.
Art. 11 — Se devemos distinguir em Deus a vontade que se manifesta por um sinal.
Art. 12 — Se se distinguem convenientemente cinco sinais da vontade divina, a saber: a proibição, o preceito, o conselho, a operação e a permissão.
Questão 20: Do Amor de Deus.
Art. 1 — Se em Deus há amor.
Art. 2 — Se Deus ama todos os seres.
Art. 3 — Se Deus ama igualmente todos os seres.
Art. 4 — Se Deus ama sempre mais os seres melhores.
Questão 21: Da justiça e da misericórdia de Deus
Art. 1 — Se em Deus há justiça.
Art. 2 — Se a justiça de Deus é verdade.
Art. 3 — Se a Deus convém a misericórdia.
Art. 4. — Se há justiça e misericórdia em todas as obras de Deus.
Questão 22: Da providência de Deus
Art. 1 — Se a providência convém a Deus.
Art. 2 — Se todos os seres estão sujeitos à providência divina.
Art. 3 — Se Deus providencia imediatamente sobre todos os seres.
Art. 4 — Se a divina providência impõe necessidade às coisas sobre que providencia.
Questão 23: Da Predestinação.
Art. 1 — Se os homens são predestinados por Deus.
Art. 2 — Se a predestinação atribui alguma realidade ao predestinado.
Art. 3 — Se Deus reprova alguém.
Art. 4 — Se os predestinados são eleitos por Deus.
Art. 5 — Se a presciência dos méritos é causa da predestinação.
Art. 6 — Se a predestinação é certa.
Art. 7 — Se é certo o número dos predestinados.
Art. 8 — Se a predestinação pode ajudar-se das preces dos santos.
Questão 24: Do Livro da Vida
Art. 1 — Se o livro da vida é o mesmo que a predestinação.
Art. 2 — Se o livro da vida só concerne à vida gloriosa dos predestinados.
Art. 3 — Se alguém é riscado do livro da vida.
Questão 25: Da Potência divina.
Art. 1 — Se Deus tem potência.
Art. 2 — Se a potência de Deus é infinita.
Art. 3 — Se Deus é onipotente.
Art. 4 — Se Deus pode tornar o passado inexistente.
Art. 5 — Se Deus só pode fazer o que faz.
Art. 6 — Se Deus pode fazer coisas melhores que as que faz.
Questão 26: Da beatitude divina.
Art. 1 — Se a beatitude convém a Deus.
Art. 2 — Se Deus é feliz pelo intelecto.
Art. 3 — Se Deus é a beatitude de todos os que são felizes.
Art. 4 — Se a beatitude de Deus inclui todas as outras.
Tratado De Deo Trino
Questão 27: Da processão ou da origem das pessoas divinas
Art. 1 — Se em Deus há alguma processão.
Art. 2 — Se a processão, em Deus, pode chamar-se geração.
Art. 3 — Se há em Deus outra processão além da geração do Verbo.
Art. 4 — Se a processão do Amor, em Deus, é geração.
Art. 5 — Se em Deus há mais de duas processões.
Questão 28: Das relações divinas.
Art. 1 — Se há em Deus relações reais.
Art. 2 — Se a relação em Deus é o mesmo que a sua essência.
Art. 3 — Se as relações atribuídas a Deus real e mutuamente se distinguem.
Art. 4 — Se em Deus só há quatro relações reais, a saber, a paternidade, a filiação, a espiração e a processão.
Questão 29: Das Pessoas divinas
Art. 1 — Se é acertada a seguinte definição de pessoa: A pessoa é uma substância individual de natureza racional.
Art. 2 — Se pessoa é o mesmo que hipóstase, subsistência e essência.
Art. 3 — Se deve ser aplicado a Deus o nome de pessoa.
Art. 4 — Se o nome de pessoa significa, em Deus, relação ou substância.
Questão 30: Da pluralidade das pessoas em Deus
Art. 1 — Se se devem admitir várias pessoas em Deus.
Art. 2 — Se em Deus há mais de três pessoas.
Art. 3 — Se os termos numerais introduzem alguma realidade em Deus.
Art. 4 — Se o nome de pessoa pode ser comum às três pessoas.
Questão 31: Da Unidade e da Pluralidade em Deus.
Art. 1 — Se em Deus há Trindade.
Art. 2 — Se o Filho é outro que não o Pai.
Art. 3 — Se a locução exclusiva só deve-se acrescentar ao termo essencial, em Deus.
Art. 4 — Se a locução exclusiva pode ser unida ao termo pessoal, mesmo se o predicado for comum.
Questão 32: Do conhecimento das pessoas divinas.
Art. 1 — Se podemos conhecer a Trindade das Pessoas divinas pela razão natural.
Art. 2 — Se devemos introduzir noções em Deus.
Art. 3 — Se há cinco noções.
Art. 4 — Se é lícito opinar contrariamente sobre as noções.
Questão 33: Da Pessoa do Pai.
Art. 1 — Se compete ao Pai ser princípio do Filho, ou do Espírito Santo.
Art. 2 — Se o nome de Pai é propriamente nome de Pessoa divina.
Art. 3 — Se o nome de Pai, tomado pessoalmente, se atribui primariamente a Deus.
Art. 4 — Se é próprio do Pai ser ingênito.
Questão 34: Do Verbo.
Art. 1 – Se o Verbo, em Deus, é nome de pessoa.
Art. 2 - Se Verbo é o nome próprio do Filho.
Art. 3 – Se o nome de Verbo importa relação com a criatura.
Questão 35: Da imagem
Art. 1. – Se a imagem se predica pessoalmente, de Deus.
Art. 2. – Se o nome de imagem é próprio do Filho.
Questão 36: Da pessoa do Espírito Santo
Art. 1. – Se o nome de Espírito Santo é nome próprio de alguma das pessoas divinas
Art. 2. – Se o Espírito Santo procede do Filho.
Art. 3. – Se o Espírito Santo procede do Pai, pelo Filho.
Art. 4. – Se o Pai e o Filho são um mesmo princípio do Espírito Santo.
Questão 37: Do amor, nome do Espírito Santo.
Art. 1 – Se Amor é o nome próprio do Espírito Santo.
Art. 2 – Se o Pai e o Filho amam-se pelo Espírito Santo.
Questão 38: O Dom como nome do Espírito Santo.
Art. 1 – Se o Dom é nome Pessoal.
Art. 2 – Se o Dom é nome próprio do Espírito Santo.
Questão 39: Das Pessoas referidas à essência.
Art. 1 – Se em Deus, essência é o mesmo que Pessoa.
Art. 2 – Se devemos dizer que as três Pessoas são de uma só essência.
Art. 3 – Se os nomes essenciais, como o de Deus, se predicam das três Pessoas no singular ou plural.
Art. 4 – Se os nomes essenciais concretivos podem ser supostos pela Pessoa, de modo a ser verdadeira a proposição seguinte: Deus gerou a Deus.
Art. 5 – Se os nomes essenciais tomados em abstrato podem ser supostos pela Pessoa, de modo a ser verdadeira a proposição: a essência gera a essência.
Art. 6 – Se as Pessoas podem ser predicadas dos nomes essenciais concretos, de modo a dizermos: Deus é as três Pessoas ou a Trindade.
Art. 7 – Se os nomes essenciais devem ser apropriados às Pessoas.
Art. 8 – Se os nomes essenciais são convenientemente atribuídos ou apropriados às Pessoas pelos santos doutores.
Questão 40: Das Pessoas quanto às relações ou propriedades.
Art. 1 – Se, em Deus, a relação é o mesmo que Pessoa.
Art. 2 – Se as Pessoas se distinguem pelas relações.
Art. 3 – Se, abstraídas das Pessoas, pelo intelecto, as propriedades ou as relações ainda permanecem as hipóstases.
Art. 4 – Se os atos nocionais se preinteligem às propriedades.
Questão 41: Das Pessoas em relação aos atos nocionais.
Art. 1 – Se os atos nocionais se devem atribuir às Pessoas.
Art. 2 – Se os atos nocionais são voluntários.
Art. 3 – Se os atos nocionais procedem de algo.
Art. 4 – Se em Deus há potência, quanto aos atos nocionais.
Art. 5 – Se a potência de gerar ou de espirar significa a relação e não a essência.
Art. 6 – Se o ato nocional pode ter como termo várias Pessoas, de modo a haver em Deus várias Pessoas geradas ou espiradas.
Questão 42: Da igualdade e da semelhança das Pessoas divinas entre si.
Art. 1 – Se a igualdade convém às Pessoas divinas.
Art. 2 – Se a Pessoa procedente é coeterna com o seu princípio, como o Filho com o Pai.
Art. 3 – Se nas Pessoas divinas há a ordem da natureza.
Art. 4 – Se o Filho é igual ao Pai em grandeza.
Art. 5 – Se o Filho está no Pai e inversamente.
Art. 6 – Se o Filho é igual ao Pai pelo poder.
Questão 43: Da missão das Pessoas divinas.
Art. 1 – Se a alguma das Pessoas divinas é próprio o ser enviada.
Art. 2 – Se a missão pode ser eterna.
Art. 3 – Se a missão invisível da Pessoa divina é somente quanto ao Dom da graça santificante.
Art. 4 – Se também ao Pai convém ser enviado.
Art. 5 – Se ao Filho convém ser enviado invisivelmente.
Art. 6 – Se a missão invisível se realiza em todos os que participam da graça.
Art. 7 – Se convém ao Espírito Santo ser enviado visivelmente.
Art. 8 – Se nenhuma Pessoa é enviada senão por aquela da qual procede eternamente.
Tratado sobre a obra dos seis dias
Questão 44: De como procedem de Deus as criaturas e da causa primeira de todos os seres.
Art. 1 – Se é necessário sejam todos os seres criados por Deus.
Art. 2 – Se a matéria prima é causada por Deus.
Art. 3 – Se a causa exemplar é algo diverso de Deus.
Art. 4 – Se Deus é a causa final de todas as coisas.
Questão 45: Do modo da emanação das coisas, do primeiro princípio.
Art. 1 – Se criar é fazer alguma coisa do nada.
Art. 2 – Se Deus pode criar alguma coisa.
Art. 3 – Se a criação é alguma coisa na criatura.
Art. 4 – Se ser criado é próprio dos seres compostos e subsistentes.
Art. 5 – Se só Deus pode criar.
Art. 6 – Se criar é próprio de uma das Pessoas.
Art. 7 – Se necessariamente se encontra nas criaturas o vestígio da Trindade.
Art. 8 – Se há criação nas obras da natureza e da arte.
Questão 46: Do princípio da duração das coisas criadas.
Art. 1 – Se a universalidade das criaturas, designada atualmente pela denominação de mundo, começou ou existiu abeterno.
Art. 2 – Se é artigo de Fé ou conclusão demonstrável que o mundo começou.
Art. 3 – Se a criação das coisas teve um princípio temporal.
Questão 47: Da distinção das coisas em comum.
Art. 1 – Se a multidão e a distinção das coisas vêm de Deus.
Art. 2 – Se a desigualdade das coisas provém de Deus.
Art. 3 – Se nas criaturas há uma ordem dos agentes.
Art. 4 – Se há um mundo só ou vários.
Questão 48: Da distinção das coisas em especial.
Art. 1 – Se o mal é alguma natureza.
Art. 2 – Se há mal nas coisas.
Art. 3 – Se o mal tem no bem o seu sujeito.
Art. 4 – Se o mal corrompe totalmente o bem.
Art. 5 – Se o mal é suficientemente dividido em pena e culpa.
Art. 6 – Se a pena participa, mais do que a culpa, da natureza do mal.
Questão 49: Da causa do mal.
Art. 1 – Se o bem pode ser causa do mal.
Art. 2 – Se o sumo bem, Deus, é causa do mal.
Art. 3 – Se há um mal sumo, causa de todo mal.
Tratado dos anjos
Questão 50: Da substância dos anjos em absoluto.
Art. 1 — Se o anjo é absolutamente incorpóreo.
Art. 2 — Se o anjo é composto de matéria e forma.
Art. 3 — Se é grande o número dos anjos existentes.
Art. 4 — Se os anjos diferem pela espécie.
Art. 5 – Se os anjos são incorruptíveis.
Questão 51: Da relação dos anjos com os corpos.
Art. 1 — Se os anjos estão naturalmente unidos a corpos.
Art. 2 — Se os anjos assumem corpos.
Art. 3 — Se os anjos exercem operações vitais, nos corpos que assumem.
Questão 52: Da relação dos anjos com os lugares.
Art. 1 — Se o anjo está em algum lugar.
Art. 2 — Se o anjo pode estar em vários lugares simultaneamente.
Art. 3 — Se vários anjos podem estar simultaneamente no mesmo lugar.
Questão 53: Do movimento local dos anjos.
Art. 1 — Se o anjo pode mover-se localmente.
Art. 2 – Se o anjo atravessa uma posição média.
Art. 3 — Se o movimento do anjo é instantâneo.
Questão 54: Do conhecimento angélico.
Art. 1 — Se o inteligir do anjo é a sua substância.
Art. 2 — Se o inteligir do anjo é a sua essência.
Art. 3 — Se a virtude ou a potência intelectiva do anjo difere da sua essência.
Art. 4 — Se no anjo há os intelectos agente e possível.
Art. 5 — Se os anjos têm somente o conhecimento intelectual.
Questão 55: Dos meios do conhecimento angélico.
Art. 1 — Se os anjos conhecem pela sua substância.
Art. 2 — Se os anjos inteligem por espécies recebidas das coisas.
Art. 3 — Se os anjos superiores inteligem por espécies mais universais que a dos inferiores.
Questão 56: Do conhecimento angélico dos seres imateriais.
Art. 1 — Se o anjo se conhece a si mesmo.
Art. 2 — Se um anjo conhece outro.
Art. 3 — Se os anjos, pelas suas faculdades naturais, podem conhecer a Deus.
Questão 57: Do conhecimento angélico em relação às coisas materiais.
Art. 1 — Se os anjos conhecem as coisas materiais.
Art. 2 — Se o anjo conhece o singular.
Art. 3 — Se os anjos conhecem o futuro.
Art. 4 — Se os anjos conhecem as cogitações dos corações.
Art. 5 — Se os anjos conhecem os mistérios da graça.
Questão 58: Do modo do conhecimento angélico.
Art. 1 — Se o intelecto angélico às vezes está em potência.
Art. 2 — Se o anjo pode inteligir simultaneamente muitas coisas.
Art. 3 — Se o anjo conhece discorrendo.
Art. 4 — Se os anjos inteligem compondo e dividindo.
Art. 5 — Se no intelecto do anjo pode haver falsidade.
Art. 6 — Se nos anjos há conhecimento verspertino e matutino.
Art. 7 — Se o conhecimento vespertino é o mesmo que o matutino.
Questão 59: Da vontade dos anjos.
Art. 1. — Se nos anjos há vontade.
Art. 2 — Se nos anjos difere a vontade, do intelecto e da natureza.
Art. 3 — Se nos anjos há livre arbítrio.
Art. 4 — Se nos anjos há o apetite irascível e o concupiscível.
Questão 60: Do amor ou da dileção dos anjos.
Art. 1 — Se nos anjos há amor ou dileção natural.
Art. 2 — Se nos anjos há dileção eletiva.
Art. 3 — Se o anjo se ama a si mesmo por dileção natural e eletiva.
Art. 4 — Se um anjo, pela dileção natural, ama a outro como a si mesmo.
Art. 5 — Se o anjo, pela dileção natural, mais ama a Deus que a si mesmo.
Questão 61: Da produção natural do ser angélico.
Art. 1. — Se os anjos são a causa da própria existência.
Art. 2 — Se o anjo foi produzido por Deus abeterno.
Art. 3 — Se os anjos foram criados antes do mundo corpóreo.
Art. 4 — Se os anjos foram criados no céu empíreo.
Questão 62: Da perfeição dos anjos na existência da graça e da glória.
Art. 1 — Se os anjos foram criados em estado de beatitude.
Art. 2 — Se o anjo precisava da graça para se converter a Deus.
Art. 3 — Se os anjos foram criados em graça.
Art. 4 — Se o anjo bem-aventurado mereceu a sua beatitude.
Art. 5 — Se o anjo possuiu a beatitude imediatamente depois de um ato meritório.
Art. 6 — Se os anjos conseguiram a graça e a glória conforme a quantidade das suas capacidades naturais.
Art. 7 — Se os anjos beatos conservam o conhecimento e a dileção naturais.
Art. 8 — Se o anjo bem-aventurado pode pecar.
Art. 9 — Se os anjos beatos podem progredir na beatitude.
Questão 63: Da malícia dos anjos quanto à culpa.
Art. 1 — Se pode haver nos anjos o mal da culpa.
Art. 2 — Se nos anjos pode haver somente os pecados da soberba e da inveja.
Art. 3 — Se o diabo desejou ser como Deus.
Art. 4 — Se alguns demônios são naturalmente maus.
Art. 5 — Se o diabo, no primeiro instante da sua criação, foi mau por culpa da própria vontade.
Art. 6 — Se mediou alguma demora entre a criação e a queda do anjo.
Art. 7 — Se o anjo supremo, dentre os que pecaram, era o supremo de todos.
Art. 8 — Se o pecado do primeiro anjo foi causa de outros pecarem.
Art. 9 — Se mais anjos pecaram do que perseveraram.
Questão 64: Da pena dos demônios.
Art. 1 — Se o intelecto dos demônios ficou entenebrecido pela privação do conhecimento de toda verdade.
Art. 2 — Se a vontade dos demônios está obstinada no mal.
Art. 3 — Se há dor nos demônios.
Art. 4 — Se o nosso ar é o lugar da pena dos demônios.
Tratado da criação corpórea
Questão 65: Da obra da criação da criatura corpórea.
Art. 1 — Se a criatura corpórea procede de Deus.
Art. 2 — Se a criatura corpórea foi feita para a bondade de Deus.
Art. 3 — Se a criatura corpórea foi criada por Deus mediante os anjos.
Art. 4 — Se as formas dos corpos procedem dos anjos.
Questão 66: Da ordem da criação quanto à distinção.
Art. 1 — Se a informidade da matéria precedeu, no tempo, à formação da mesma.
Art. 2 — Se a matéria informe é a mesma em todos os corpos.
Art. 3 — Se o céu empíreo foi criado simultaneamente com a matéria informe.
Art. 4 — Se o tempo foi concriado com a matéria informe.
Questão 67: Da obra da distinção em si mesma.
Art. 1 — Se a luz se atribui, propriamente, aos seres espirituais.
Art. 2 — Se a luz é corpo.
Art. 3 — Se a luz é qualidade.
Art. 4 — Se convenientemente a produção da luz se coloca no primeiro dia.
Questão 68: Da obra do segundo dia.
Art. 1 — Se o firmamento foi feito no segundo dia.
Art. 2 — Se as águas estão sobre o firmamento.
Art. 3 — Se o firmamento divide umas, de outras águas.
Art. 4 — Se há só um céu.
Questão 69: Da obra do terceiro dia.
Art. 1 — Se com propriedade se diz que a congregação das águas foi feita no terceiro dia.
Art. 2 — Se se lê com conveniência que a produção das plantas foi feita no terceiro dia.
Questão 70: Da obra do ornato, quanto ao quarto dia.
Art. 1 — Se os astros deviam ser produzidos no quarto dia.
Art. 2 — Se se assinala, com propriedade, a causa da produção dos astros.
Art. 3 — Se os astros do céu são animados.
Questão 71: Da obra do quinto dia.
Art. único – Se se descreve convenientemente a obra do quinto dia.
Questão 72: Da obra do sexto dia.
Art. único – Se a obra do sexto dia é descrita convenientemente.
Questão 73: Das coisas pertencentes ao sétimo dia.
Art. 1 – Se o sétimo dia deve ser considerado como o do acabamento das obras divinas.
Art. 2 – Se Deus descansou de todas as suas obras no sétimo dia.
Art. 3 – Se a benção e a santificação são próprias do sétimo dia.
Questão 74: De todos os seis dias em comum.
Art. 1 – Se esses dias são enumerados suficientemente.
Art. 2 – Se todos esses dias são um só dia.
Art. 3 – Se a Escritura usa de palavras convenientes para exprimir as obras dos seis dias.
Tratado sobre o homem
Questão 75: Da alma em si mesma.
Art. 1 ― Se a alma é corpo.
Art. 2 ― Se a alma humana é algo de subsistente.
Art. 3 ― Se as almas dos brutos são subsistentes.
Art. 4 ― Se a alma é o homem.
Art. 5 ― Se a alma é composta de matéria e forma.
Art. 6 ― Se a alma humana é corruptível.
Art. 7 ― Se a alma e o anjo são da mesma espécie.
Questão 76: Da união da alma e do corpo.
Art. 1 ― Se o princípio intelectivo está unido ao corpo como forma.
Art. 2 ― Se o princípio intelectivo se multiplica com a multiplicação dos corpos, ou se há um só intelecto para todos os homens.
Art. 3 ― Se, além da alma intelectiva, há no homem, outras almas essencialmente diferentes, a saber, a sensitiva e a nutritiva.
Art. 4 ― Se há, no homem, além da alma intelectiva, outra forma.
Art. 5 ― Se a alma intelectiva deve estar unida a um corpo humano.
Art. 6 ― Se a alma intelectiva está unida ao corpo mediante certas disposições acidentais.
Art. 7 ― Se a alma está unida ao corpo do animal mediante algum outro corpo.
Art. 8 ― Se a alma está toda em qualquer parte de todo.
Questão 77: Do que se refere às potências da alma em geral.
Art. 1 ― Se a essência mesma da alma é potência desta.
Art. 2 ― Se há várias potências ativas da alma.
Art. 3 ― Se as potências ativas se distinguem pelos seus atos e objetos.
Art. 4 ― Se há alguma ordem entre as potências da alma.
Art. 5 ― Se todas as potências da alma nela estão como no sujeito próprio.
Art. 6 ― Se as potências da alma defluem da essência da mesma.
Art. 7 ― Se uma potência da alma nasce da outra.
Art. 8 ― Se todas as potências da alma permanecem nela, quando separada do corpo.
Questão 78: Das potências da alma em especial.
Art. 1 ― Se se devem distinguir cinco gêneros de potências da alma, a saber: o vegetativo, o sensitivo, o apetitivo, o motivo local e o intelectivo.
Art. 2 ― Se as partes vegetativas estão bem enumeradas assim: a nutritiva, a aumentativa e a geratriz.
Art. 3 ― Se se distinguem convenientemente só cinco sentidos externos.
Art. 4 ― Se os sentidos internos se distinguem convenientemente.
Questão 79: Das potências intelectivas.
Art. 1 ― Se o intelecto é uma potência da alma ou se é a essência mesma dela.
Art. 2 ― Se o intelecto é uma potência passiva.
Art. 3 ― Se se deve admitir um intelecto agente.
Art. 4 ― Se o intelecto agente faz parte da alma.
Art. 5 ― Se o intelecto agente é um só para todos.
Art. 6 ― Se a memória está na parte intelectiva da alma.
Art. 7 ― Se a memória intelectiva é potência diferente do intelecto.
Art. 8 ― Se a razão é potência diferente do intelecto.
Art. 9 ― Se a razão superior e a inferior são potências diversas.
Art. 10 ― Se a inteligência é potência diferente do intelecto.
Art. 11 ― Se o intelecto especulativo e o prático são potências diversas.
Art. 12 ― Se a sindérese é uma potência especial distinta das outras.
Art. 13 ― Se a consciência é uma potência.
Questão 80: Das potências apetitivas em comum.
Art. 1 — Se o apetite é uma potência especial da alma.
Art. 2 — Se o apetite sensitivo e o intelectivo são potências diversas.
Questão 81: Da sensualidade.
Art. 1 ― Se a sensualidade é somente apetitiva.
Art. 2 — Se o apetite sensitivo se divide em irascível e concupiscível, como potências diversas.
Art. 3 — Se o irascível e o concupiscível obedecem à razão.
Questão 82: Da vontade.
Art. 1 ― Se a vontade deseja alguma coisa necessariamente.
Art. 2 — Se a vontade quer necessariamente tudo quanto quer.
Art. 3 — Se a vontade é potência mais elevada que o intelecto.
Art. 4 — Se a vontade move o intelecto.
Art. 5 — Se se devem distinguir o irascível e o concupiscível, no apetite superior, que é a vontade.
Questão 83: Do livre arbítrio.
Art. 1 — Se o homem tem livre arbítrio.
Art. 2 — Se o livre arbítrio é uma potência.
Art. 3 — Se o livre arbítrio é potência apetitiva ou cognitiva.
Art. 4 — Se o livre arbítrio é potência diferente da vontade.
Questão 84: Por meio do que a alma, unida ao corpo, intelige as coisas corpóreas.
Art. 1 — Se a alma conhece os corpos pelo intelecto.
Art. 2 — Se a alma, pela sua essência, intelige os seres corpóreos.
Art. 3 — Se a alma intelige todas as coisas por meio de espécies que lhe são naturalmente inatas.
Art. 4 — Se as espécies inteligíveis efluem, para a alma, de algumas foras separadas.
Art. 5 ― Se a alma intelectiva conhece as coisas materiais nas razões eternas.
Art. 6 — Se o conhecimento intelectivo é derivado das coisas sensíveis.
Art. 7 — Se o intelecto pode inteligir em ato, pelas espécies inteligíveis, que traz em si mesmo, sem se valer dos fantasmas.
Art. 8 — Se o juízo do intelecto fica impedido, por privação dos sentidos.
Questão 85: Do modo e da ordem de inteligir.
Art. 1 — Se o nosso intelecto intelige as coisas corpóreas e materiais por abstração dos fantasmas.
Art. 2 — Se as espécies inteligíveis, abstraídas dos fantasmas, são o objeto que o nosso intelecto intelige.
Art. 3 — Se o que é mais universal tem prioridade em o nosso conhecimento intelectual.
Art. 4 — Se podemos inteligir muitas coisas simultaneamente.
Art. 5 — Se o nosso intelecto intelige compondo e dividindo.
Art. 6 — Se o intelecto pode ser falso.
Art. 7 — Se um pode inteligir melhor que outro uma mesma coisa.
Art. 8 — Se o intelecto intelige o indivisível antes do divisível.
Questão 86: Do que o nosso intelecto conhece nas coisas materiais.
Art. 1 — Se o nosso intelecto conhece o singular.
Art. 2 — Se o nosso intelecto pode conhecer o infinito.
Art. 3 — Se o nosso intelecto conhece os contingentes.
Art. 4 — Se o nosso intelecto conhece os futuros.
Questão 87: Como a alma intelectiva se conhece a si mesma e àquilo que nela existe.
Art. 1 — Se a alma intelectiva se conhece a si mesma pela sua essência.
Art. 2 — Se o nosso intelecto conhece os hábitos da alma pela essência deles.
Art. 3 — Se o nosso intelecto conhece o ato próprio.
Art. 4 — Se o intelecto intelige o ato da vontade.
Questão 88: Como a alma humana conhece as coisas que lhe são superiores.
Art. 1 — Se a alma humana, no estado da vida presente, pode inteligir as substâncias imateriais, em si mesmas.
Art. 2 — Se o nosso intelecto pode chegar a inteligir as substâncias imateriais, pelo conhecimento das coisas materiais.
Art. 3 — Se Deus é o que primariamente é conhecido pela mente humana.
Questão 89: Do conhecimento da alma separada.
Art. 1 – Se a alma separada pode inteligir alguma coisa.
Art. 2 – Se a alma separada intelige as substâncias separadas.
Art. 3 – Se a alma separada conhece todas as coisas naturais.
Art. 4 – Se a alma separada conhece as coisas singulares.
Art. 5 – Se o hábito da ciência adquirida nesta vida permanece na alma separada.
Art. 6 – Se o ato da ciência adquirida nesta vida permanece na alma separada.
Art. 7 – Se a distância local Impede o conhecimento da alma separada.
Art. 8 – Se as almas separadas conhecem as coisas que se passam neste mundo.
Questão 90: Da produção primeira do homem quanto a alma.
Art. 1 – Se a alma humana foi feita, ou é da substância de Deus.
Art. 2 – Se a alma tem o ser produzido por criação.
Art. 3 – Se a alma racional é produzida imediatamente por Deus, ou mediante os anjos.
Art. 4 – Se a alma humana foi produzida antes do corpo.
Questão 91: Da produção do corpo do primeiro homem.
Art. 1 – Se o corpo do primeiro homem foi feito do limo da terra.
Art. 2 – Se o corpo humano foi produzido imediatamente por Deus.
Art. 3 – Se o corpo do homem teve disposição conveniente.
Art. 4 – Se na Escritura está convenientemente descrita a produção do corpo humano.
Questão 92: Da produção da mulher.
Art. 1 – Se a mulher devia ter sido produzida na primeira produção das causas.
Art. 2 – Se a mulher devia ter sido feita do homem.
Art. 3 – Se a mulher devia ter sido formada da costela do homem.
Art. 4 – Se a mulher foi formada imediatamente por Deus.
Questão 93: Do fim ou termo da produção do homem.
Art. 1 – Se a Imagem de Deus está no homem.
Art. 2 – Se a imagem de Deus está nas criaturas irracionais.
Art. 3 – Se o anjo é mais à imagem de Deus que o homem.
Art. 4 – Se a imagem de Deus está em qualquer homem.
Art. 5 – Se no homem está a imagem de Deus quanto à Trindade das divinas Pessoas.
Art. 6 – Se a Imagem de Deus está no homem só quanto à alma.
Art. 7 – Se a imagem de Deus está na alma atualmente.
Art. 8 – Se a Imagem da divina Trindade está na alma só por comparação com o objeto, que é Deus.
Art. 9 – Se a semelhança se distingue, com propriedade da imagem.
Questão 94: Do estado e da condição do primeiro homem, quanto ao intelecto.
Art. 1 – Se o primeiro homem via a Deus em essência.
Art. 2 – Se Adão, no estado de inocência, via os anjos em essência.
Art. 3 – Se o primeiro homem tinha ciência de todas as coisas.
Art. 4 – Se o homem, no estado primitivo, podia enganar-se.
Questão 95: Do que se refere à vontade do primeiro homem, a saber da graça e da justiça.
Art. 1 – Se o primeiro homem foi criado em graça.
Art. 2 – Se o primeiro homem tinha paixões da alma.
Art. 3 – Se Adão tinha todas as virtudes.
Art. 4 – Se as obras do primeiro homem eram menos eficazes para merecer, que as nossas.
Questão 96: Do domínio que tocava ao homem no estado de inocência.
Art. 1 – Se Adão no estado de inocência tinha domínio sobre os animais.
Art. 2 – Se o homem tinha domínio sobre todas as outras criaturas.
Art. 3 – Se os homens no estado de inocência eram todos iguais.
Art. 4 – Se um homem, no estado de inocência, tinha domínio sobre outro.
Questão 97: Do que diz respeito ao estado do primeiro homem quanto à conservação do indivíduo.
Art. 1 – Se o homem, no estado de inocência, era imortal.
Art. 2 – Se o homem, no estado de inocência era passível.
Art. 3 – Se o homem; no estado de inocência, precisava de alimentos.
Art. 4 – Se a árvore da vida podia ser causa de imortalidade.
Questão 98: Do que diz respeito à conservação da espécie.
Art. 1 – Se no estado de inocência havia geração.
Art. 2 – Se no estado de inocência havia geração por meio do coito.
Questão 99: Da condição da prole a gerar, quanto ao corpo.
Art. 1 – Se as crianças recém–nascidas, no estado de inocência, tinham virtude perfeita, quanto ao movimento dos membros.
Art. 2 – Se no primitivo estado nasceriam mulheres.
Questão 100: Da condição da prole a gerar, quanto à justiça.
Art. 1 – Se os homens nasceriam com a justiça.
Art. 2 – Se os recém-nascidos seriam, no estado de inocência, confirmados na justiça.
Questão 101: Da condição da prole a gerar quanto a ciência.
Art. 1 – Se no estado de inocência as crianças nasceriam com ciência perfeita.
Art. 2 – Se no estado de inocência os recém–nascidos teriam o uso perfeito da razão.
Questão 102: Do paraíso morada do homem.
Art. 1 – Se o paraíso era um lugar material.
Art. 2 – Se o paraíso era lugar conveniente à habitação humana.
Art. 3 – Se o homem foi colocado no paraíso para cultivá–lo e guardá–lo.
Art. 4 – Se o homem foi feito no paraíso.
Tratado sobre a conservação e o governo das coisas
Questão 103: Do governo das coisas em comum.
Art. 1 – Se o mundo é governado por alguém.
Art. 2 – Se o fim do governo do mundo é algo de exterior ao mesmo.
Art. 3 – Se o mundo tem um só governador.
Art. 4 – Se o efeito do governo do mundo é um só e não vários.
Art. 5 – Se todos os seres estão sujeitos ao governo divino.
Art. 6 – Se todas as coisas são imediatamente governadas por Deus.
Art. 7 – Se podem acontecer coisas fora da ordem do governo divino.
Art. 8 – Se pode haver alguma resistência à ordem do governo divino.
Questão 104: Dos efeitos do governo divino em especial.
Art. 1 – Se as criaturas necessitam de ser conservadas na existência por Deus.
Art. 2 – Se Deus conserva todas as criaturas imediatamente.
Art. 3 – Se Deus pode reduzir algum ser ao nada.
Art. 4 – Se algum ser é reduzido ao nada.
Questão 105: Da mutação das criaturas, por Deus.
Art. 1 — Se Deus pode mover imediatamente a matéria para a forma.
Art. 2 — Se Deus pode mover imediatamente algum corpo.
Art. 3 — Se Deus move imediatamente o intelecto criado.
Art. 4 — Se Deus pode mover a vontade criada.
Art. 5 — Se Deus opera em todo agente.
Art. 6 — Se Deus pode fazer alguma coisa fora da ordem estabelecida para as coisas.
Art. 7 — Se tudo o que Deus faz, fora da ordem natural das coisas, é milagre.
Art. 8 — Se um milagre é maior que outro.
Questão 106: Da iluminação dos anjos.
Art. 1 — Se um anjo ilumina outro.
Art. 2 — Se um anjo pode mover a vontade do outro.
Art. 3 — Se o anjo inferior pode iluminar o superior.
Art. 4 — Se o anjo superior ilumina, em relação a tudo o que sabe, o inferior.
Questão 107: Da locução dos anjos.
Art. 1 — Se um anjo fala com outro.
Art. 2 — Se o anjo inferior fala com o superior.
Art. 3 — Se o anjo fala com Deus.
Art. 4 — Se a distância local tem alguma influência na locução angélica.
Art. 5 — Se todos os anjos conhecem a linguagem de um anjo com outro.
Questão 108: Da ordenação dos anjos por hierarquias e ordens.
Art. 1 — Se todos os anjos são da mesma hierarquia.
Art. 2 — Se numa mesma hierarquia há muitas ordens.
Art. 3 — Se há vários anjos numa mesma ordem.
Art. 4 — Se a distinção de hierarquia e de ordens procede da natureza dos anjos.
Art. 5 — Se as ordens dos anjos são convenientemente denominadas
Art. 6 — Se os graus das ordens estão convenientemente distribuídos.
Art. 7 — Se as ordens permanecerão depois do dia do juízo.
Art. 8 — Se os homens serão transferidos às ordens dos anjos.
Questão 109: Da ordem dos anjos maus.
Art. 1 — Se há ordens de demônios.
Art. 2 — Se entre os demônios há superiores.
Art. 3 — Se nos demônios há iluminação.
Art. 4 — Se os bons anjos têm superioridade sobre os maus.
Questão 110: Do governo dos anjos sobre a criatura corpórea.
Art. 1 — Se a criatura corpórea é governada pelos anjos.
Art. 2 — Se a matéria corpórea obedece à vontade dos anjos.
Art. 3 — Se os corpos obedecem aos anjos quanto ao movimento local.
Art. 4 — Se os anjos podem fazer milagres.
Questão 111: Da ação dos anjos sobre os homens.
Art. 1 — Se o anjo pode iluminar o homem.
Art. 2 — Se os anjos podem imutar a vontade do homem.
Art. 3 — Se o anjo pode imutar a imaginação do homem.
Art. 4 — Se o anjo pode imutar os sentidos humanos.
Questão 112: Da missão dos anjos.
Art. 1 — Se os anjos são enviados para ministério.
Art. 2 — Se todos os anjos são enviados em ministério.
Art. 3 — Se os anjos enviados também assistem.
Art. 4 — Se todos os anjos da segunda hierarquia são enviados.
Questão 113: Da guarda dos bons anjos.
Art. 1 — Se os homens são guardados pelos anjos.
Art. 2 — Se cada homem é guardado por um anjo.
Art. 3 — Se guardar os homens pertence só à ínfima ordem dos anjos.
Art. 4 — Se a todos os homens são delegados anjos da guarda.
Art. 5 — Se o anjo é delegado para guardar o homem, desde o nascimento deste.
Art. 6 — Se o anjo da guarda às vezes abandona o homem para cuja guarda foi deputado.
Art. 7 — Se os anjos se contristam com os males dos que guardam.
Art. 8 — Se entre os anjos pode haver luta ou discórdia.
Questão 114: Do ataque dos demônios.
Art. 1 — Se os homens são atacados pelos demônios.
Art. 2 — Se tentar é próprio do diabo.
Art. 3 — Se todos os pecados procedem da tentação do diabo.
Art. 4 — Se os demônios podem seduzir os homens com milagres verdadeiros.
Art. 5 — Se o demônio vencido fica por isso impedido de atacar.
Questão 115: Da ação da criatura corpórea.
Art. 1 — Se há algum corpo ativo.
Art. 2 — Se na matéria corpórea há razões seminais.
Art. 3 — Se os corpos celestes são a causa do que é feito neste mundo, nos corpos inferiores.
Art. 4 — Se os corpos celestes são causa dos atos humanos.
Art. 5 — Se os corpos celestes podem causar impressões sobre os demônios.
Art. 6 — Se os corpos celestes impõem necessidade ao que lhes está sujeito à ação.
Questão 116: Se há fado.
Art. 1 — Se há fado.
Art. 2 — Se há fado nas coisas criadas.
Art. 3 — Se o fado é imutável.
Art. 4 — Se tudo está sujeito ao fado.
Questão 117: Do que respeita a ação do homem.
Art. 1 — Se um homem pode ensinar a outro.
Art. 2 — Se os homens podem ensinar os anjos.
Art. 3 — Se o homem, por virtude da alma, pode imutar a matéria corpórea.
Art. 4 — Se a alma humana separada pode mover os corpos, ao menos localmente.
Questão 118: Da geração da alma humana.
Art. 1 — Se a alma sensitiva é transmitida com o sêmen ou por criação de Deus.
Art. 2 — Se a alma intelectiva é causada pelo sêmen.
Art. 3 — Se as almas humanas foram criadas simultaneamente, no princípio do mundo.
Questão 119: Da propagação do homem quanto ao corpo.
Art. 1 — Se algo do alimento se transforma realmente em a natureza humana.
Art. 2 — Se o sêmen é um alimento supérfluo ou faz parte da substância do gerador.
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Santo Tomás de Aquino
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