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Jornal do Brasil, 17 de Agosto de 1968

 
"O professor Gustavo Corção lançou oficialmente, ontem, a revista Permanência, afirmando que a nova publicação católica surge 'para anunciar a doce verdade da Igreja e para dar o testemunho das palavras de Cristo na sua interpretação correta'. (...)."

 

 

CORÇÃO ANUNCIA PALAVRA DE CRISTO COM INTERPRETAÇÃO CORRETA EM "PERMANÊNCIA" 

 

O professor Gustavo Corção lançou oficialmente, ontem, a revista Permanência, afirmando que a nova publicação católica surge "para anunciar a doce verdade da Igreja e para dar o testemunho das palavras de Cristo na sua interpretação correta."
 
No auditório do Ministério da Educação totalmente lotado, o professor Gladstone Chaves de Melo anunciou, depois, o lançamento, no mês de setembro, de um movimento de leigos, afirmando que os que participarão dele não se envergonham de ser reacionários, porque "só os patifes e os sem convicção não o são."
 
Contra a idéia
 
Grande número de militares — alguns representando órgãos do Exército — além de padres jesuítas e freiras da Divina Providência, estiveram presentes à cerimônia. Um grupo de oficiais do Exército representou a Escola de Aperfeiçoamento do Exército, sob o comando do General José Pinto Azevedo Rabelo.
 
As freiras da Divina Providência declararam-se contrárias às idéias do Sr. Gustavo Corção, mas explicaram sua presença na cerimônia porque são "boas católicas, já que se estava lançando uma revista católica, coisa tão rara."
 
Assinaturas
 
O professor Gustavo Corção anunciou também as diretrizes de uma campanha, a ser lançada brevemente, com a finalidade de se conseguir assinaturas que mantenham a revista, porque "o movimento é pobre, e não dispõe dos recursos das grandes empresas."
 
— Permanência — explicou o Sr. Corção — não quer dizer imobilidade, já que no tronco da videira, que é Cristo, temos firmeza e seiva, continuidade e crescimento. Tanto a revista como o movimento surgem já se defendendo de uma classificação errônea. Somos conservadores dos preceitos corretos, mas renovadores daquilo que precisar de renovação.
 
Segundo o professor  Corção não existe igreja de direita ou de esquerda, nem progressista ou entreguista. Para ele, o que existe, "é a pessoa querer ou não ser católica, e sabê-lo."
 
Na cerimônia do lançamento da revista, falaram ainda a Sra. Aída Gomes, o Sr. Júlio Fleichman — tesoureiro de Permanência — e o professor Gladstone Chaves de Melo, que informou a orientação e finalidade da nova revista.  
 
(Jornal do Brasil, 17 de Agosto de 1968)
 

 

 

 
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