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Na Imitação de Teresinha está a salvação da humanidade

Outubro 3, 2020 escrito por admin

(Trecho da Homilia de Pio XI pronunciada na Missa de canonização da Santa, em 17 de maio de 1925).

 

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de Misericórdias e de toda a consolação que entre os numerosos cuidados de Nosso cargo apostólico nos deu a consolação de em primeiro lugar colocar entre os santos a virgem que no início de Nosso Pontificado foi também a primeira a ser por Nós beatificada; a virgem que praticou a infância espiritual, esta via tão inseparável da grandeza de alma quanto inteiramente digna, segundo as promessas do próprio Cristo, de ser solenemente glorificada na Jerusalém celeste e no seio da Igreja da terra.

(...) um tal incêndio de caridade que a consumiu, depois de ter vivido, por assim dizer, num êxtase continuo; e, nesta ordem de idéias, ela pôde, pouco tempo antes de sua morte, ingenuamente confessar que “jamais dera a Deus outra coisa que não fosse amor”.

Além disto, é evidente que o desejo desta ardente caridade foi, na virgem de Lisieux, o início do seu projeto e de sua constante vontade de “trabalhar por amor de Jesus, unicamente para agradá-lO, para consolar o seu Coração Sagrado e para conseguir a salvação eterna de muitas almas destinadas a eternamente amarem o Cristo”.

De que ela começou, desde o instante de sua chegada à pátria eterna, a executar este projeto. Nós já temos a prova incontestável nesta mística chuva de rosas que, por permissão de Deus, vem derramando desde então sobre a terra; possa ela não cessar de derramá-la, segundo a promessa que candidamente fez quando ainda em vida.

Eis porque, Veneráveis Irmãos, queridos Filhos, Nós desejamos ardentemente que todos os cristãos se mostrem dignos de participar da efusão das graças tão numerosamente obtidas pela intercessão da pequena Teresa; e ainda mais ardentemente desejamos que, a seu exemplo, tornem-se todos como criancinhas pois, segundo a sentença de Cristo, se não forem como criancinhas serão excluídos do reino de Deus.

Fosse esta via de infância espiritual seguida por todos os cristãos, fácil se tornaria a restauração da ordem moral na sociedade humana, restauração que tem sido a meta de nossos esforços desde o início de Nosso Pontificado e, sobretudo, quando da duplicação do grande jubileu.

Fazemos, portanto, Nossa, esta oração com que a nova Santa Teresa do Menino Jesus terminava o precioso livro de sua vida:

“Eu Te suplico, oh! bom Jesus, lançai o Teu Divino Olhar sobre um grande número de pequenas almas; eu Te suplico, escolhei para Ti, neste mundo, uma legião de pequenas vítimas dignas de teu amor. Assim seja”.

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