Skip to content

Blogs

Pronunciamento de Dom Huonder sobre a Crise na Igreja

Junho 6, 2023 escrito por admin

 

Há alguns anos, o bispo suiço Dom Vitus Huonder pediu permissão para se retirar junto à Fraternidade São Pio X. Desde então ele vive em uma casa da Fraternidade. Apesar de não ter a mesma compreensão da Fraternidade São Pio X em alguns pontos referentes à crise da Igreja - como aparece no vídeo quando fala da "hermenêutica da continuidade", de Bento XVI - de modo geral compreende e apoia a defesa da fé realizada por Dom Marcel Lefebvre e pela Fraternidade. Devemos assinalar o fato de que, pela primeira vez, um bispo que não é da Fraternidade pede ao papa a reparação da grave injustiça sofrida por Dom Marcel Lefebvre e pela Fraternidade, com um pedido de desculpas pela perseguição e constrangimentos causados ao longo desses mais de 50 anos. Além disso, Dom Huonder deixa claro que a intenção de Dom Lefebvre e da Fraternidade sempre foi de socorrer as almas abandonadas pelos erros do Vaticano II.

 

A importância deste pronunciamento é tal que os bispos suíços fizeram declarações violentas contra ele, pedindo ao papa que o suspendesse."

 

Segue o link do video publicado pelo Centro Dom Bosco com as devidas legendas.

Dom Lourenço Fleichman OSB

Lavorate – pregate – votate!

Outubro 13, 2022 escrito por admin

São Pio X e o voto nas eleições

Giuseppe Sarto, futuro papa São Pio X, tomou posse na sede cardinalícia de Veneza em 1894. Foi muito mal recebido pelos maçons, então na administração da cidade das gôndolas.

Em 1895 houve eleições municipais. Vendo os católicos desorganizados e sem forças para enfrentar o partido no poder, o Cardeal Sarto estabeleceu uma coalizão entre o partido católico e o partido liberal-moderado. A chapa na qual deviam votar era a do Conde Grimani, um liberal-moderado, mas que guardava certos princípios católicos; vários pontos concretos apontados pelo partido católico seriam respeitados.

Em 3 dias e 3 noites, o santo cardeal escreveu de próprio punho mais de duzentas cartas aos párocos, personalidades civis, comunidades religiosas, dando instruções sobre a votação e pedindo orações. Seu grito de guerra aos venezianos católicos da época era: Lavorate – pregate – votate! (Trabalhem – rezem – votem).

De fato, houve muitos trabalhos antes das eleições: o santo ressuscitou o jornal católico “La Difesa”, repetindo com Mgr. Ketteler: “Se São Paulo voltasse agora, tornar-se-ia jornalista”.

Os comitês paroquias receberam suas instruções para reunirem-se com o intuito a persuadir os fiéis da importância daquele voto. Inúmeras reuniões no palácio Patriarcal foram organizadas pelo cardeal Patriarca de Veneza.

No dia das eleições, a vitória foi brilhante, e Grimani manteve-se no poder por 25 anos, mostrando a força da organização de São Pio X.

Algumas más línguas acusaram o cardeal junto ao Papa Leão XIII, por ter-se juntado aos liberais. O papa convocou o cardeal para lhe pedir explicações. Diante das explicações do santo Patriarca, que mostrava os compromissos católicos assumidos pelo partido liberal-moderado, o papa compreendeu que eles não eram tão liberais a ponto de não ser possível trabalhar com eles. Leão XIII escreveu, então, uma carta de felicitações aos católicos de Veneza por terem vencido as eleições sob o comando do santo Patriarca.

(Bibliografia: Biografias de São Pio X de Dal-Gal, de Fernessole, de Hoornaert e de Mitchell.)

Coronavírus: Entre o medo e a audácia

Abril 4, 2020 escrito por admin

Dom Lourenço Fleichman OSB

Mais uma vez me vejo na obrigação de esclarecer nossa posição católica, diante de crises que se abatem sobre a nossa sociedade. Nosso mundo anda mergulhado no que lhe parece ser um grande sol a iluminá-lo, quando na verdade é apenas uma escravidão consentida e desejada. Sim, os tecnológicos homens desse mundo pós-moderno sabem, percebem sua incapacidade de fugir da compulsão das redes sociais, das massificantes notícias e informações, e sobretudo da sensação que tomou conta de todos, de serem livres como um passarinho a voejar entre galhos de árvores e fios elétricos. 

Poderíamos perguntar a nós mesmos o porquê dessa doença; creio que responderia que o homem busca companhia. Até certo ponto, convenhamos, essa busca é natural, visto a definição mais do que antiga feita pelo Filósofo, segundo a qual o homem é um animal político: vive na companhia dos seus semelhantes. Ora, como o mundo moderno desenhou no pé da mesa do computador (eu sei, eu sei, já não é mais no computador, é deitado na cama ou no sofá com o celular nos dedos, mas não atrapalhem, por favor, a minha história!)... então, retomemos: como o mundo moderno desenhou no pé da cama, ou da mesa, uma bola de ferro virtual, e disse ao ser debruçado na máquina: – veja, caro amigo, esta é uma bola de ferro virtual, nada mais “real” do que o virtual. Portanto, você está preso, velho escravo. Não se mexa, não saia daí.

Edição Hors Série

Março 30, 2019 escrito por admin

Islã, religião do amor?

Agosto 2, 2016 escrito por site_permanencia

 

É preciso distinguir islã e fundamentalismo islâmico? O islã é mesmo uma religião de amor? Existe mesmo um islã moderado? Os responsáveis pelos atentados recentes encontraram no corão sua justificação?

O estudo a seguir vai responder, com clareza e precisão, essas questões fundamentais. As autoridades religiosas e políticas terão interesse em se debruçar sobre estas interrogações. Leia mais

 

30, 60 ou 100

Fevereiro 20, 2023 escrito por admin

Padre Louis-Marie Berthe, FSSPX

 

“Outros grãos caíram em boa terra e produziram frutos à razão de cem, ou sessenta, ou trinta para um. »

                                                                                           Mt 9.13

 

A parábola do semeador, que a liturgia propõe antes do tempo da Quaresma, evoca diversos casos em que as sementes caem sem produzir frutos. Mas quando a semente cai em boa terra, a parábola evoca ainda uma possível tripla fecundidade: 30, 60 ou 100 para um!

São números que ultrapassam em muito o normal.

Um rendimento de 10 era considerado uma bela colheita. Por estes números hiperbólicos, Jesus demonstra a extraordinária fecundidade que pode ter a palavra divina quando ouvida, acolhida com bom coração e generosamente posta em prática.

Os Padres da Igreja tentaram descobrir quais eram esses três graus de fecundidade. Por vezes, fizeram tal rendimento corresponder a cada classe de homens. Assim, para as pessoas casadas, 30 para um; para virgens e monges, 60 para um; para os mártires, 100 para um.

São Jerônimo também propõe ver ali os rendimentos em vários momentos da salvação: sob a Lei, 30 para um; nos dias dos profetas, 60 para um; na atual era do Evangelho, 100 para um.

Outras vezes, equipararam este ou aquele desempenho aos méritos pessoais. Produzir 30, 60 ou 100 frutos para um, equivaleria a salvar, pela santidade da própria vida, 30, 60 ou 100 almas da condenação eterna!

Quanto a Santo Agostinho, ele interpreta assim: quando é preciso lutar contra o amor dos bens temporais para deles tirar a vitória, dá-se uma retribuição de 30; quando o amor dos bens terrenos está domesticado e submisso, de modo que facilmente reprimimos seus menores movimentos, o retorno é de 60; quando, finalmente, o amor das coisas do mundo está totalmente dominado, de modo que não mais suscita a menor emoção em nossa alma, alcançamos o rendimento máximo de 100 para um.

Seja como for, Jesus convida-nos a fazer frutificar a palavra divina segundo a medida dada a cada qual.

 

Editorial

Dezembro 27, 2022 escrito por admin

Carta no. 27 Cristo Rei 2022

Mosteiro beneditino de "Notre-Dame de Toute Confiance"

No meio desse mundo que corre para a sua ruína, ouvimos por vezes as questões seguintes: “Que fazer?”, ou mesmo: “Há algo a ser feito?”

Há séculos o homem oscila entre duas atitudes igualmente desordenadas, que vamos resumir com os termos pelagianismo quietismo. Ou bem o homem crê que lhe cabe salvar-se a si mesmo e resolver tudo sozinho. Ou, ao contrário, crê que não há nada a fazer e que cabe a Deus fazer tudo.

Bem se vê que os irmãos do pelagianismo são o voluntarismo, o autoritarismo e o orgulho humano que diz: EU salvarei o mundo! As irmãs do quietismo são a preguiça, a pusilanimidade, a demissão e a fraqueza humana que diz: “Ah! não sou capaz”. Entre os dois extremos, a sabedoria dos santos nos ensina o justo meio: virtus in médio stat (a virtude está no meio).

Consideremos Santa Joana D´Arc -- cuja vida, bem como o sublime Processo de Rouen, acabamos de ler no refeitório. Na sua simplicidade e inspirada pelo Altíssimo, encontrou a resposta lapidar à questão: “Deus não poderia ter dado a vitória sem a batalha?”. Disse ela: “os homens de armas lutarão e Deus dará a vitória”. E ainda: “Deus não age se o homem não quer”. Os seus contemporâneos testemunhavam: “ela sempre fará tudo o que depender dela”.

Eis a chave: tudo depende de Deus e tudo depende do homem. É esse o sentido do ditado popular: “ajuda-te a ti mesmo, e o Céu te ajudará”. Também é o sentido desse outro ditado: “reza como se tudo dependesse de Deus, e age como se tudo dependesse de ti”. É tão estéril rezar sem agir (isto é, sem se converter, cumprir seu dever de estado, praticar a caridade) quanto agir sem rezar (pois a ação não será fecunda e sobrenaturalizada por Deus). “Eu te criei sem ti, mas não te salvarei sem ti” disse Deus a Santo Agostinho, que nos ensinou: “é preciso fazer o que pudermos e pedir o resto a Deus.”

Santa Teresinha do Menino Jesus diz o mesmo com uma imagem tocante: se uma criancinha tenta subir uma grande escada, põe o seu pequeno pé no primeiro degrau, mas não consegue subir; tenta mais uma vez, e outra, e outra. Após algum tempo, a mãe, com pena da criança, pega os seus bracinhos e faz com que suba  facilmente. Essa criancinha somos nós, que queremos subir a rude escadaria que nos leva à perfeição. É preciso tentar, tentar e tentar, sem esmorecer. Após algum tempo, o Bom Deus, com pena de nós, nos tomará nos seus braços e nos fará subir até Ele – mas, se não tentarmos, não fará nada.

Um outro exemplo mais recente e próximo de nós: nosso professor de canto acabou de nos deixar depois de uma semana de trabalho onde nos repetiu: é preciso cantar com serenidade e energia! Aí está o problema, nós confundimos serenidade com moleza, e energia com rigidez! Pobres de nós! Que Santa Joana d´Arc nos ajude a encontra o justo meio: aliar a paz com a força, a alegria com a cruz, a mansidão com a firmeza, a confiança em Deus com o devotamento ao seu serviço. E para nos encorajar a isso, escutemos o que as suas vozes (S. Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida) lhe sopravam para lhe encorajar: “Mantenha a calma, o rosto sereno e não te preocupe com o martírio.”

Concluímos com Jesus: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5), e São Paulo: “Tudo posso naquele que me conforta” (Fl 4, 13).

Corações ao alto! Viva Cristo Rei!

 

Irmã Clara, abadessa

Dom Carlo Maria Vigano fala sobre Dom Lefebvre

Setembro 27, 2022 escrito por admin

[Apresentamos a seguir trecho de entrevista de Dom Carlo Maria Vigano em que fala da sua descoberta da crise da Igreja e do papel de Dom Marcel Lefebvre]

 

Pergunta: Excelência, o Vaticano II aconteceu há mais de 60 anos, a destruição da liturgia, há 50 anos, Assis há quase 50 anos; após 60 anos de desastres religiosos e políticos em que tudo foi destruído, em que fiéis católicos são desprezados, até mesmo condenados injustamente, o Sr. está, aos 80 anos, tornando-se fortemente anticonciliar. Por que o Sr. só agiu agora?

Resposta: Eu já tive a oportunidade de dar testemunho, em minhas intervenções anteriores, de como ocorreu meu despertar gradual para a crise da Igreja Católica e as causas profundas da presente apostasia. Como eu havia relatado, meu envolvimento no serviço diplomático da Santa Sé, minhas obrigações – como eu disse – para com o serviço da Santa Sé (primeiro como um jovem secretário nas Representações Pontifícias no Iraque e no Kuwait, depois em Londres; na Secretaria de Estado; depois como chefe de missão em Estrasburgo no Concílio Europeu; depois como núncio apostólico na Nigéria; e novamente na Secretaria de Estado como delegado para representações pontifícias e, finalmente, como núncio apostólico para os EUA), que tentei desempenhar com dedicação, devotando todo meu tempo e forças a ele, absorviam-me por completo, tornando praticamente impossível refletir com calma sobre os eventos que estavam tomando lugar na Igreja.

Porém, isso não me impediu de nutrir perplexidades fortes interiores e até mesmo críticas das “novidades” introduzidas após o Concílio. Estou falando, particularmente, dos sérios abusos litúrgicos, da crise na vida religiosa, do panteão de Assis, dos deploráveis pedidos de desculpas pelas Cruzadas, por exemplo, durante o Jubileu do ano 2000. Também estou me referindo ao que eu pensava como jovem estudante na Universidade Gregoriana em Roma. Eu percebia que tudo isso advinha dos novos princípios estabelecidos pelo Concílio.

Mas foi apenas muito mais tarde, em face dos graves escândalos do então Cardeal McCarrick e sua rede homossexual, e dos escândalos ainda mais graves de Bergoglio, que o link intrínseco entre a corrupção moral e a doutrinal tornou-se mais claro para mim, assim como as causas profundas da crise que está afligindo a Igreja por décadas, gerada pela revolução conciliar.

E não pude permanecer em silêncio.

A catástrofe era previsível desde o princípio. Mas, como eu já expliquei, nós havíamos sido treinados – em nossa formação para o ministério sacerdotal e ainda mais para o serviço diplomático – a considerar impensável que o papa e toda a hierarquia católica pudessem abusar de sua autoridade, exercendo-a para um propósito contrário ao que Nosso Senhor quer para sua Igreja. Fomos treinados a não questionar a autoridade dos superiores. E isso foi explorado por aqueles que, justamente explorando nossa obediência e nosso amor pela Igreja de Cristo, gradualmente, passo a passo, levaram-nos a aceitar novas doutrinas, estranhas àquelas que a Santa Igreja sempre ensinou, especialmente aquelas relativas ao ecumenismo e à liberdade religiosa.

Além disso, assim como na Igreja, a deep church se espalhou, passo a passo, em direção à dissolução do corpo eclesial, também na esfera civil o deep state desenvolveu-se no que eu diria que é um modo similar, através de uma infiltração gradual em direção às formas de tirania da Nova Ordem Mundial, do Fórum Econômco Mundial e a Agenda 2030.

Nesse caso, também, pode-se perguntar: por que os cidadãos não se rebelaram contra a subversão do Estado por pessoas revolucionárias que tomaram o poder para destruir as instituições que elas deveriam direcionar ao bem comum?

Muitos responderiam: nós não imaginávamos seus desígnios perversos, seu plano de nos tornar escravos de um sistema iníquo. Não imaginávamos que, quando eles falavam de democracia ou soberania popular, o que eles realmente queriam era nos tornar cada vez mais sujeitos a um poder totalitário radicalmente anticristão.

Considero que o fato de não se ter compreendido antes a natureza do processo revolucionário seria escusável; por outro lado, não compreender hoje é uma irresponsabilidade e faria de nós cúmplices de um golpe de Estado nas coisas temporais e de apostasia na esfera eclesial.

Portanto, agradeçamos àqueles que, muito antes de nós, com suas vozes proféticas, soaram o alarme para as ameaças na sociedade civil e na Igreja Católica.

 

Pergunta: Obrigado, Monsenhor. Tenho uma segunda pergunta: o que o sr. pensa de Dom Marcel Lefebvre e sua luta, particularmente de seu ato mais controverso, as sagrações episcopais de 1988?

Resposta: Só consigo olhar para Dom Marcel Lefebvre com admiração e muita gratidão por sua fidelidade e coragem. Uma coragem e uma fidelidade que foram infalíveis diante de tanta adversidade, hostilidade, até mesmo de falta total de compaixão da parte de uma hierarquia que se rendeu às ideias da modernidade e infiltrada pelos apoiadores maçônicos de um projeto de destruição capilarizado, sem precedentes, cujo alcance devastador podemos ver hoje em suas consequências extremas.

Dom Marcel Lefebvre deve ser visto como um santo homem, não um cismático! Como um fervoroso missionário e confessor da fé, um zeloso defensor da Tradição, do Sacerdócio e da Missa Católica. Ele se expôs ao risco de sofrer sanções severas, até mesmo a excomunhão, porque ele percebeu que era mais correto obedecer a Deus que aos homens, guardar e transmitir a Tradição que abraçar as ideias modernistas.

Sua vida é marcada por piedade, um espírito de sacrifício, um senso de dever, uma pureza de consciência e uma grande consistência interior. Sua vida foi dada a Deus e à Igreja, devotada ao serviço das almas, à evangelização, ao ensino e à pregação de doutrina sólida, à celebração do Santo Sacrifício e à formação de jovens chamados ao sacerdócio.

Uma vida que é testemunha da solidez da fé que nos foi dada pelos apóstolos, pelos pontífices, pelos concílios e pelos santos doutores da Fé, e pela qual os mártires derraram seu sangue.

Alguns consideram que as sagrações de 1988 “foram longe demais”. Outros enxergam uma necessidade vital para salvaguardar a Missa de todos os tempos.

Dom Lefebvre percebeu a urgência dos tempos em que vivemos e o drama de uma situação que piorou e tomou novos tons de gravidade em anos recentes, tornando mais evidente o estado de exceção em que nos encontramos.

Alguns consideram desobediência; nós consideramos fidelidade!

Dom Lefebvre continuou a ensinar e a fazer o que a Santa Igreja sempre fez e ensinou. Ele se opôs ao liberalismo, à destruição da Missa e de todo o edifício litúrgico da Igreja, à ruína do sacerdócio, da vida religiosa e da moral cristã. Repito: alguns consideram desobediência; nós consideramos fidelidade!

Nigéria: Massacre em uma Igreja no Dia de Pentecostes

Junho 26, 2022 escrito por admin

Um ataque, que não foi reivindicado, ocorreu durante a missa da Festa de Pentecostes na igreja de São Francisco, localizada na cidade de Owo, no estado de Ondo, no sudoeste da Nigéria, a menos de 200 quilômetros de Lagos.

Os agressores, em número de pelo menos cinco, estavam munidos de armas e explosivos. Depois de terem detonado uma bomba perto do altar, atiraram metodicamente contra os fiéis tomados de pânico que tentavam sair do prédio.

Um primeiro relato dado, na segunda-feira, 6 de junho, pela manhã, fala em 21 mortos, incluindo crianças. Depois, vários jornais nigerianos anunciaram um número bem maior na noite de segunda-feira: pelo menos 50 pessoas teriam morrido neste massacre. Há também cerca de 50 feridos, alguns em estado grave.

O atentado atingiu um Estado até então poupado da violência que se desenvolve no país. Assim, houve nada menos que quatro ataques desde sábado, 4 de junho, com mortes e sequestros em massa em regiões mais ao norte.

O ataque de Owo está, sem dúvida, ligado a um contexto político, além de religioso. O partido no poder, o APC (Congresso de Todos os Progressistas, ou Congresso dos Progressistas) deve de fato realizar suas primárias para a eleição presidencial de 2023, para suceder Muhammadu Buhari, que deve renunciar após dois mandatos.

A segurança é um dos maiores desafios deste país, que é – de longe – o mais populoso da África e que também é a maior economia do continente. Além disso, as tensões continuam a crescer, por um lado, entre os estados do norte, principalmente muçulmanos e que estabeleceram a Sharia, e os estados do sul, majoritariamente cristãos.

O exército deve enfrentar uma guerra jihadista no Nordeste, que se arrasta há doze anos; deve lutar contra as gangues de saqueadores e sequestradores que aterrorizam o Noroeste; e, finalmente, deve pacificar o Sudeste, teatro dos movimentos separatistas.

(Fontes: Le Monde/Blueprint/Le Figaro – FSSPX.News)

AdaptiveThemes