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Crise da Igreja (242)

Dois e dois são quatro

No primeiro sábado do mês, para cumprir minha devoção por Nossa Senhora de Fátima, procurei um confessor numa igreja que deixara de freqüentar, há alguns anos, por motivos que dispensam fastidiosas explicações. Diziam os persistentes freqüentadores que tudo por lá melhorara, com a saída de 3 ou 4 jovens loucos. Quem sabe? Lembrei-me do velho Pe. X, homem simples e bom, cabeça branca, manso e ingênuo. Um dia, nos tenebrosos tempos em que o ISPAC energicamente se empenhava em perverter padres moços e freiras simplórias, subia eu a Rua Cosme Velho quando avistei o Pe. X, que vinha ao meu encontro feliz e aureolado de novas idéias. Saía do ISPAC e logo que me viu apressou o passo e generosamente veio ensinar-me o que acabara de aprender:

 

Padre Antonio

Numa cidadezinha perdida e esquecida, lá nos confins deste tão imenso Brasil, existe uma igreja quase sem existir. Em torno, mil ou duas mil almas mais ou menos desalmadas; dentro, um velho vigário a fazer contas intermináveis, e um padre coadjutor, na sacristia, a olhar o morro, a linha férrea lá longe, o rio, talvez o céu.

 

O esvaziamento católico

Estamos cansados de clamar contra a enxurrada de impurezas que se instalou intra muros Ecclesiae pelas portas que a própria hierarquia católica abriu, “num gesto largo e moscovita” como diria Fernando Pessoa, com especial propriedade. Queixamo-nos da infiltração marxista, e dela podemos dizer o que disse Santo Agostinho dos que duvidavam da imprescindível função da Igreja na salvação das almas: “Quis negat?” E ninguém, que eu saiba, ousou erguer a voz contra a severa interrogação do Bispo de Hipona. Ou, se alguém falou, seu insignificante balido não atravessou quinze séculos. Queixamo-nos da invasão do secularismo, da penetração do protestantismo, que foi convidado a colaborar na mutilação da Santa Liturgia. Com cócegas nos ouvidos e inebriados de aberturas, os homens da Igreja escancaravam as portas e tudo teve licença e convite para entrar. Tudo.

 

Urs von Balthasar, o pai da apostasia ecumênica

Julho 12, 2009 escrito por admin

Chegou a vez de outro representante da "nova teologia", hoje exaltado como "pedra angular da Igreja" (J. Meinvielle), o ex-jesuíta suíco Urs von Balthasar. Se Maurice Blondel encarna o tipo do filósofo modernista e apologeta, se Henri de Luba é o tipo do teólogo modernista, Urs von Balthasar encarna o aspecto pseudomístico e ecumenista do modernismo.
 
Temos em mãos a obra Urs von Balthasar ― Figura e Opera1, de Karl Lehmann e Walter Kasper, personalidades da "nova teologia". Lemos na orelha do livro: "escrito por seus amigos e discípulos [Henrici, Haas, Lustiger, Roten, Greiner, Treitler, Löaser, Antonio Sicari, Ildefonso Murillo, Dumont, O´Donnel, Guido Sommavilla, Rino Fisichella, Max Shönborn... e Ratzinger], pretende fazer redescobrir toda a importância e o valor de sua obra e de sua pessoa". Descubramo-lo também nós; é de extrema importância.
 

  1. 1. Ed. Piemme.

Um testemunho precioso

Esteve recentemente no Brasil Mgr. Marcel Lefèbvre, bispo francês que está realizando na Suíça uma experiência deveras extraordinária e extraordinariamente simples. Dom Lefèbvre fundou e dirige um seminário tradicional, um seminário católico, onde entre outras restaurações essenciais celebra a missa católica canonizada por Pio V, e assim prepara para amanhã padres isentos, tanto quanto possível, das deformações de nosso tempo.

A necessidade de explicar tudo

Nas primeiras linhas da entrevista ao Figaro, por Dom Marcel Lefebvre, publicada quinta-feira última nestas colunas, lemos aflitos que Dom Lefebvre acha necessário explicar que a Igreja de Cristo é uma realidade sobrenatural, uma sociedade mística. Porque me afligi? Por ver que no meio do tormentoso processo criado em torno do Bispo que só deseja continuar o que sempre fez na Igreja, o entrevistado tem de começar pelos mais elementares ensinamentos de catecismo.

Dom Marcel Lefebvre fala

Transcrevemos hoje, traduzida, a entrevista de Dom Marcel Lefebvre publicada no Figaro de 4 de agosto(1) ; e não ignoramos que muitos leitores brasileiros, por carência de informação ou de formação, talvez se escandalizem com a declaração de Dom Lefebvre; e talvez a qualifiquem como simplesmente rebelde e indisciplinada.

Bula Quo Primum Tempore

O texto que apresentamos a seguir é a tradução da Bula Quo Primum Tempore, do Papa São Pio V, datada de 14 de julho de 1570. Poucos são os documentos pontifícios que apresentam tamanho vigor, clareza, determinação. E isso tudo, para proteger a Santa Missa dos ataques dos inimigos.

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