Dom Lourenço Fleichman
Há alguns anos, após tecer algumas considerações sobre o fenômeno do Orkut, primeira "rede social" a se espalhar de modo universal, atingindo particularmente o Brasil, lancei uma campanha aconselhando ao leitor apagar sua conta naquele sistema de escravidão. Os e-mails recebidos na época indicaram cerca de 150 pessoas que tomaram a iniciativa de apagar sua conta e de escrever à Permanência comunicando este fato.
Analisando este número de corajosos leitores, considerei um resultado muito bom, diante dos meios de que dispomos e, sobretudo, diante dos motivos espirituais e civilizacionais oferecidos como incentivo para se tomar decisão aparentemente tão sofrida e difícil.
O diabo não dá ponto sem nó, como se diz, e logo surgiu fenômeno mais amplo e pernicioso do que o primeiro. Contam que o Facebook começou como um sistema de reconhecimento dos rostos dos alunos em certa universidade. Basta conhecer um pouco a natureza humana para compreender porque milhões de pessoas pelo mundo foram contaminados com a Síndrome da Bruxa Má, da Branca de Neve! "Espelho, espelho meu". O engenhoso "crachá" eletrônico é como a "imagem da besta", que aparece no Apocalipse. O joguete do dragão adquiriu tanto movimento que ele fala, escreve, e vai variando sua bela imagem, cativando a todos e gozando dessa imensa felicidade: "digam-me se há mais bela do que eu" Continue Lendo