Category: Pe. Nicolas Portail
A inquisição... a palavra faz tremer, repassando cenas de torturas e fogueiras armadas para queimar as vítimas miseráveis. Os livros de história tratam mui particularmente da Inquisição Espanhola. Vejamos o que disse o manual de Malet & Isaac:
“Fernando e Isabel, príncipes mui devotos ― chamavam-lhes de Reis Católicos ― tomaram medidas terríveis (...) Em 1492, os judeus, e em 1502, os mulçumanos, tiveram de escolher entre o batismo e o exílio. Muitos preferiram ir (...) Os que se converteram ao catolicismo fizeram-se suspeitos a olhos espanhóis; acusavam-lhes de professar sua antiga religião em privacidade. Os reis criaram contra estes o tribunal religioso da Inquisição, chamado na Espanha de Santo Ofício, do qual designavam os integrantes. O grande inquisidor Torquemada, dominicano, celebrizou-se devido aos judeus convertidos que entregou ao braço secular para serem queimados vivos, sem contar os milhares que condenou à prisão perpétua...”
Essa é a apresentação trágica e confusa que a história laica faz de tema tão controvertido. Sem pretender esgotar o assunto, traremos um quadro geral que permita situar a Inquisição Espanhola em seu contexto histórico, limitando-nos a estudar seus primeiros anos (1478 – 1504).