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Category: Dom Lourenço Fleichman, OSBConteúdo sindicalizado

Os Sacramentos em geral

Para nos transmitir a graça, para nos fazer andar no caminho da salvação, Jesus instituiu sete cerimônias sagradas, que a Igreja chama de Sacramentos. São elas:

1 – Batismo
2 – Crisma ou Confirmação
3 – Eucaristia
4 – Confissão ou Penitência
5 – Extrema Unção
6 – Ordem
7 – Matrimônio

 
Sacramento é um sinal sensível, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica.
 
- sinal sensível – é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os Sacramentos têm uma parte sensível porque podemos vê-los e ouvi-los. Por exemplo, quando vemos a água derramada na cabeça da criança, na Igreja, sabemos que se trata de um Batismo. Chamamos o sacramento de sinal porque esta parte visível indica que se realizou uma parte invisível:
 
- graça santificante e graça do Sacramento – é o que, no Sacramento, não pode ser percebido pelos sentidos. É a sua parte invisível, espiritual, é a parte mais importante. É a presença de Deus na nossa alma: sua presença santificante e sua ajuda especial ligada a cada Sacramento. Não se pode ver que uma alma fica limpa do pecado original, mas nós sabemos que aquele sinal sensível que nós vemos (a água e as palavras do Batismo) mostra que a alma ficou limpa do pecado original (graça do Batismo).
 
Na Crisma, a unção do óleo (sensível) representa a força da Fé, seu aperfeiçoamento (a graça invisível), mas é essa unção que realiza esse fortalecimento da Fé.

- O sacramento realiza aquilo que ele significa. Esta é a mais impressionante característica dos sacramentos. Eles são cerimônias eficazes, eles conferem a graça pela força própria que eles têm. Não é um sinal que dependa da nossa convicção, da nossa fé, como acontece com a água benta e os demais sacramentais. É um sinal que realiza, que faz aquilo que ele exprime. Se o rito do batismo é sinal da alma limpa do pecado original, nós sabemos com certeza de fé que, de fato, a alma batizada foi limpa do pecado original. Que a alma crismada tornou-se Soldado de Cristo, que a alma que morreu recebendo a extrema-unção foi para o juízo final preparada pela Igreja, que os nossos pecados foram verdadeiramente perdoados. E assim para todos os sacramentos.
 
Assim, todos os Sacramentos, com uma cerimônia percebida pelos sentidos, significam uma graça invisível, dada por Deus.

Mas de onde vem esse poder dos Sacramentos, de dar a graça? Eles têm essa força porque foi Jesus Cristo quem os instituiu. Jesus realizou cada um deles pela primeira vez e deu aos Apóstolos o poder de continuar a realizá-los.
Devemos respeitar os Sacramentos, a graça e o poder de Jesus Cristo que está neles, e recebê-los sempre dignamente. Na Missa, na Comunhão, na Confissão e em todas as cerimônias na Igreja, devemos ficar sérios, compenetrados, sem brincadeiras. Dentro da Igreja, andar devagar, mãos postas, em sinal de oração, bem vestidos por respeito às coisas sagradas que vivemos naqueles momentos. Peçamos ao Espírito Santo o dom de Piedade, para receber sempre dignamente os Sacramentos.
 
“O rei da França, Carlos Magno, desejava a dignidade e os direitos de Imperador e pediu-os ao Papa. Numa grande Igreja de Roma, o Papa pôs uma coroa de ouro na cabeça de Carlos Magno. Assim o Papa dava a Carlos Magno os direitos e a dignidade de Imperador. A imposição da coroa podia se ver. A dignidade e os direitos de Imperador não se podiam ver. A imposição da coroa designava a colação da dignidade de Imperador. Mas, por esta coroação, o Papa não só representava a dignidade Imperial, mas também dava verdadeiramente aquela dignidade. Na cabeça, Carlos Magno recebeu a coroa visível. Na alma, recebeu a dignidade invisível.
 
A coroação era um sinal sensível que dava a dignidade imperial invisível.”

A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas: a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos, a matéria usada pelo ministro.
 
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento.
 
A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Vamos estudar, para cada Sacramento, a matéria, a forma e a graça sacramental.
 
Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos

Batismo:     
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.
 
CRISMA:
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.
 
EUCARISTIA:
Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.

CONFISSÃO:
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu  te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.
 
EXTREMA UNÇÃO:
Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.
 
ORDEM:
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.
 
MATRIMÔNIO:
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim".
Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.

1. A Revelação e a Tradição divina

Ao iniciar um estudo da doutrina católica, é preciso, antes de tudo, saber de onde nos vem esta doutrina. Se nossa adesão à Religião Católica deve ser total, irrestrita e amorosa, é preciso que haja na própria Igreja as garantias necessárias para esta adesão tão definitiva. Em outras palavras, só poderemos dar nosso assentimento de fé às verdades católicas quando compreendermos que não se trata de verdades inventadas pelos homens, mas reveladas por Deus.
 
Essa é a primeira noção importante a conhecer: a Revelação.
 
Ao criar os homens, em Adão e Eva, Deus formou a natureza humana com certas características próprias, que se encontram em todos os homens. Uma dessas características é o sentimento religioso, natural, horizontal, que nos leva a praticar, de algum modo, um culto a Deus. Assim vemos, desde o início da humanidade, sacrifícios oferecidos, como o de Caim e Abel, como o de Noé, e  de Abraão.
 
Se é verdade que o povo eleito se forma a partir de Abraão, segundo a promessa feita por Deus a ele, é com Moisés que se estabelece, por revelação divina, uma religião revelada, ensinada e exigida por Deus a seu povo. Já não mais natural e horizontal, mas vertical, divina, vinda de Deus para nós e não apenas de nós para Deus.

Esta Revelação vai dar ao culto um valor novo, que não existia quando este culto era movido apenas pelo sentimento natural de religião. A partir daí, Deus vai exigir do seu povo a realização do culto como ele determinou e vai condenar vigorosamente toda idolatria.

Mais tarde, ao recusar o Messias e crucificá-lo, os judeus rompem com a Revelação, revoltam-se contra Deus e perdem o valor sobrenatural e divino de sua religião. É a Igreja Católica que recebe de Jesus a autoridade para continuar a Revelação.
 
Revelação pública
 
Deus falou – o que ele diz só pode ser a Verdade por excelência. Ele não pode errar e não pode nos enganar. O que Deus disse forma o conjunto objetivo de verdades reveladas. É chamada de Revelação pública aquela que foi entregue por Deus aos homens, dando-lhes autoridade para falar em seu nome, através de uma instituição fundada para este fim. Temos assim:

-         Revelação pública particular – é o Antigo Testamento, porque restringia-se ao povo eleito.

-         Revelação pública universal – é o Novo Testamento, porque ensinada para todos os homens pela Igreja.
 
O ato de Revelação termina com a morte do último Apóstolo. Aos Apóstolos foi entregue, por Jesus Cristo, o depósito Sagrado, para que eles, com sua autoridade divina, pregassem a todos os povos, até os confins da terra. São diversas as passagens dos Evangelhos em que Jesus manifesta esta autoridade da Igreja:

“Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. O que crer e for batizado será salvo, o que porém não crer, será condenado”. (S. Marcos, 16,16)
“Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. (S. Mateus, 16, 18)
 
Cabe, então, à Igreja Católica, o papel de guardar, pregar e explicitar a verdade revelada.
 
Este trabalho da Igreja se faz mediante as declarações autorizadas da Igreja. É a isso que se dá o nome de “dogma”.

Dogma é toda verdade revelada por Deus na medida em que ela é proposta pela Igreja para ser crida. E se é verdade que o Depósito da Revelação completa-se com a morte do último Apóstolo, já as explicações, desenvolvimentos e explicitações do que está contido na revelação, continua, sob a autoridade da Igreja e com a assistência do Divino Espírito Santo.

Assim, por exemplo, o dogma da “transubstanciação”. A Igreja, mediante uma palavra revelada por Deus, chega a uma conclusão teológica que, por ser essencialmente unida à revelação, é declarada pela Igreja como dogma de fé. Se fosse possível que a substância do pão não se transformasse na substância do Corpo de Cristo, estaria negada a divindade da Revelação. A nossa adesão ao dogma é, então, a mesma da adesão à Revelação.  Seria um pecado grave contra a fé negar um dogma católico, pois estaríamos negando a própria palavra revelada por Deus.
 
As Duas Fontes da Revelação – Tradição Divina e Sagrada Escritura
 
Chamamos de Fonte da Revelação o lugar onde se recolhe, sem possibilidade de erro, a Revelação divina.
 
- A Tradição divina é a fonte Primária da Revelação.
 
- A Sagrada Escritura ou Bíblia é a fonte secundária da Revelação.
 
Tradição = algo transmitido por Deus.
 
A Divina Tradição é fonte da Revelação porque por ela se conserva e é transmitida pela Igreja, desde os Apóstolos, as verdades e as coisas ensinadas por Deus. Assim, nela está contida a palavra de Deus transmitida.
 
Ela é chamada fonte primária porque, antes de mais nada e por si só, foi ordenado por Nosso Senhor que fosse transmitida e conservada pela pregação oral.
 
“Ide, pregai este Evangelho”.
 
“Vos transmiti o que recebi... vos preguei o que recebestes para que não acrediteis em vão... Tal a nossa pregação tal a vossa fé”. (ICor., 15)
A conservação da Divina Tradição só podia ser garantida por Deus, pois aquele que a constitui também a conserva.
 
Em que consiste a Tradição:
 
Ela engloba verdades:

-        explicitamente presentes nas Sagradas Escrituras – ex. a divindade de Cristo

-        implicitamente presente nas Sagradas Escrituras – ex. a assunção de Nossa Senhora.

-        não presentes nas Sagradas Escrituras – ex. forma e matéria de alguns sacramentos.
 
Em que não consiste a Tradição:
 
-        não é a Tradição apostólica – verdades oriundas dos apóstolos. Ex. certos ritos secundários
 

-        não é a Tradição eclesiástica – verdades oriundas da pregação da Igreja. Ex. o hábito eclesiástico.
 
 
Devemos constatar a existência de uma Tradição divina, doutrinária e moral, revelada aos homens de modo certo e infalível, por modo de pregação, que sob a responsabilidade de instituições fundadas por Cristo, a Igreja e seu magistério hierárquico, sempre foi transmitida e confirmada, formando um conjunto de documentos dos Apóstolos, dos Papa, dos Concílios, ou ainda, em grau menor, dos Santos Doutores, teólogos, artistas e escritores. Este Depósito Sagrado é garantia da nossa fé e sempre se manteve intacto, até que sofreu os mais rudes ataques, pelos inimigos da Igreja, no Concílio Vaticano II (1962-1965).

Introdução: o estudo do Catecismo

Ao longo desses anos fomos acompanhando o crescimento de nossas crianças, na Capela Nossa Senhora da Conceição. A primeira turma de catecismo foi crescendo e o nível de estudo teve de acompanhar este crescimento. Daí termos elaborado uma apostila para as crianças mais velhas, que procuraremos editar em nossa página na Internet.

Conservadores ou Católicos?

Dom Lourenço Fleichman OSB

 A crise da Igreja trouxe para a nossa sociedade matizes religiosos diferentes e supreendentes. Por si só, a multiplicação dos estudos e o conseqüente aumento do conhecimento do objeto material da fé, gera discussão, análise, grupos mais ou menos coesos e diversidade de opiniões. Estas se formam tanto em relação aos objetos questionáveis da Religião, como também, em muitos casos, quanto ao que a Religião tem de inquestionável, definido e eterno.

Por exemplo: discute-se se é pecado ou não uma atitude, um comportamento. Ouvir tal música, ou vestir tal roupa. Assuntos controvertidos, sujeitos a argumentos a favor ou contra, logo, sujeito a opiniões. Mas discute-se também sobre o Concílio Vaticano II e nossa adesão a ele, matéria relativa à fé, onde os critérios já serão dogmáticos e, na sua argumentação mesma, tenderão a posições definidas, certas ou erradas. Isso faz parte da vida católica, sem dúvida, e poderia ser saudável.

Mas ocorre freqüentemente das opiniões livres serem vistas como dogmas e, ao contrário, os dogmas serem discutidos como sujeitos a opiniões. Leia mais

Razão, Paixão e Namoro

Dom Lourenço Fleichman OSB

Hoje eu queria lhes falar sobre um tema que tenho pensado e exposto em algumas conferências que andei fazendo por aí. Tema difícil e que eu tenho falado como em uma espécie de laboratório, de reflexão, captando aqui e ali as ponderações das pessoas sábias. É dentro desse espírito que eu lhes trago aqui. Meu intuito é tratar do assunto do namoro de forma racional, buscando as razões profundas que levam os homens a se comportar com respeito, na obediência à Lei de Deus. Não é suficiente, hoje, um padre dizer aos jovens: não façam isso ou aquilo. Quem quer entender, busque a verdade!   Leia Mais

 

Prefácio à Ilusão Liberal

Lançamento da Editora Permanência
 
 
"A ILUSÃO LIBERAL"
 
 
 
R$21,00

 

Dom Lourenço Fleichman OSB
 
Pode parecer temerário para uma editora católica, aqui no Brasil, publicar um livro sobre a doutrina dos Liberais, tantos são os equívocos despertados por este assunto. Não poderíamos, portanto, deixar de tecer algumas explicações preliminares ao apresentar este livro de Louis Veuillot.
 
Comecemos pelo autor. Ilustre desconhecido para a grande maioria dos brasileiros, Louis Veuillot (1813 – 1883) é um dos grandes nomes da literatura católica do século XIX, na França. Polemista temido por seus adversários, coube a ele dar vida a um jornal católico da época, L´Univers, que estava em plena decadência. Seus artigos vigorosos em favor da liberdade de ensino, tema que sempre apaixonou os franceses, transformaram o jornal em referência do Catolicismo Romano. Numa França oscilando entre o espírito revolucionário liberal e a restauração da Monarquia, o combate católico era o combate pela liberdade, e isso naturalmente reuniu católicos que defendiam a liberdade da Igreja a todos aqueles que defendiam toda e qualquer liberdade. Com o passar do tempo, Veuillot se afastará dos Liberais, combatendo em favor da restauração da Monarquia. Na época do Concílio Primeiro do Vaticano, apoiará de forma vigorosa o dogma da Infalibilidade papal, sendo defendido várias vezes pelo papa Pio IX contra bispos que o criticavam. Quando Pio IX achou por bem apontar certos exageros nas expressões polêmicas do grande escritor, Veuillot aceitou humildemente a paternal admoestação e procurou melhorar o tom dos seus escritos. Leia Mais
 

Em defesa da Fraternidade São Pio X

Dom Lourenço Fleichman OSB

O Fratres in unum tirou a máscara. Já há muito que se percebia um apoio constante aos "conservadores" ligados à Ecclesia Dei, enquanto que a Fraternidade São Pio X, que eles diziam apoiar, só aparecia ali quando alguma entrevista para os jornais, por si mesmas mais superficiais e amenas, levava os seus superiores a evitar críticas ao papa ou aos bispos. Mas um Superior de Distrito da Fraternidade não escreve um Comunicado da gravidade daquele publicado no site do distrito francês, como se falasse a jornalistas. É evidente. Qualquer superior militar sabe distinguir entre um aviso aos jornais e um comunicado aos seus soldados. Nada mais natural do que um chefe do combate espiritual dessa guerra que travamos, assim proceda. Não existe nisso contradição.

O texto publicado contra a Fraternidade São Pio X no Fratres in unum é um panfleto maldoso, cheio de erros de interpretação, de erros de tradução, de má fé. Seu autor, não podendo encontrar respostas ao grito de Fé do padre de Cacqueray, apela para um artigo de 2008, de outro padre, em contexto completamente diferente, e que, mesmo assim, é analisado de modo a induzir em erro seus leitores.
Pessoalmente, sempre achei que a situação atual, mesmo sendo necessária, induzia muitos a um erro de avaliação, ao julgarem que a ida da Fraternidade a Roma para as discussões teológicas significaria uma adesão desta à reforma da reforma trabalhada por Bento XVI. Bastou um ato mais forte do papa na direção dos erros do ecumenismo para essa gente dar gritinhos escandalizados, não com o gritante erro dos chefes, mas com a reação saudável dos filhos que não podem aceitar a nudez do pai. Aos que preferem rir-se da nudez do papa, embrigado de ecumenismo naturalista, só nos resta aquela condenação de Noé convertido, depois que passou o efeito do vinho: "Maldito seja Canaã!" (Gênesis, 9, 25) Para restabelecer a justiça gravemente ferida pelo Fratres in unum, publicamos aqui as pungentes palavras do padre de Cacqueray a seus padres e a seus féis franceses. Que elas sirvam de alerta para nossos leitores e amigos. A tradução é da Permanência. Leia a continuação

A Fraternidade São Pio X e os Esotéricos

 

Como foi difundido na internet que os quatro bispos da Fraternidade São Pio X teriam sido levados ao seminário por um esotérico islâmico, chamado Rama Coomaraswamy, discípulo de Frithjof Schuon, damos aqui os esclarecimentos devidos, que não deixam sombra de dúvidas.
 
A Fraternidade S. Pio X e os esotéricos 
 
Não é a primeira vez que o Olavo de Carvalho dirige elogios à nossa Permanência, o que muito nos honra. Repetiu-se o fato, recentemente, numa de suas emissões pela internet ao declarar equivocadamente, que o prof. Antônio Araújo, que mantém o blog do Angueth (http://angueth.blogspot.com/) pertence ao nosso movimento. O próprio autor citado tratou de esclarecer, com o texto "Quem sou eu", de 10/6, que não é assim, apesar dos pontos em comum que encontramos no combate. Acontece que em sua emissão de áudio, Olavo voltou a afirmar certos relacionamentos entre autores esotéricos e islâmicos e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Como a coisa ganhou certa importância, pareceu-me necessário esclarecer alguns pontos do debate. Mesmo não sendo da Fraternidade S. Pio X, convivi e convivo ainda hoje com os padres e com os bispos desta instituição católica. Dois dos padres tradicionais saídos da Permanência foram ordenados por Mons. Lefebvre (Dom Tomás de Aquino e eu mesmo). Os outros seis foram ordenados pelos bispos sagrados por Mons Lefebvre. Além disso, a Permanência está engajada neste combate há quarenta anos, tendo certa experiência no assunto. Por isso tudo, sinto-me à vontade para trazer a público as seguintes correções:

Falsas Lições sobre Gustavo Corção

 Dom Lourenço Fleichman OSB

 

Quando escrevi o prefácio ao livro O Pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer, procurei denunciar a falsificação que seus sucessores e seus padres realizavam ao esconder e abandonar toda referência aos textos do grande bispo, com data a partir da década de 1970. Nesta época tornaram-se mais claras as causas dramáticas da crise da Igreja e por todo o mundo apareceram críticas mais severas ao Concílio Vaticano II e sua obra. LEIA A CONTINUAÇÃO
 
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